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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Alguém que deu certo.

-Estava muito atordoado, preocupado se tudo iria dar certo, pensando o tempo todo em o que eu iria falar. Quando chegou minha vez, subi ao palco, comecei a falar. Foi rápido, sou ótimo no que faço. Consegui conquistar a platéia, consegui arrancar o riso e a emoção. Foi quando em um feedback de luz, vi alguém que chegou atrasado, que sentou no ultimo banco. Do palco, vi aquela alma. Vi aqueles olhos e cílios imensos, os olhos mais piedosos e "pedonchos" que já vi. Do último banco, esses olhos arrastaram toda minha juventude, devastaram todos os meus planos, me esqueci de tudo. Olhos que piscavam inocente, mas de inocente mal sabia eu que faltava le muito. E em um movimento suspeito, eu me verei de costas, como parte do ato, mas sentia a presença daquele olhar, uma presença sem igual, arrebatadora. Me virei e vi seu cabelo levemente molhado pela chuva, todo enrolado, como um anjo da noite encobrindo um mistério. Dentre sua boca, no meio dos seus dentes, havia o segredo do universo, a boca,..., sim a boca, parecia a parte mais obscena de seu corpo, me induzia a pensamentos que nunca tivera durante todo o meu trabalho. Mal sabia eu que desejaria aqueles lábios todos os dias de minha existência. Fiquei tanto tempo olhando o, que ele sorrio, como um crepúsculo. Minha cabeça foi para a Lua, e lá no silêncio na noite eterna, encontrei o coração do garoto do ultimo banco. Minha perna tremeu e meu coração disparou enquanto ele manuseava, com maestria sua caneta. Não resisti. Nunca mais fui o mesmo. Agora, todos os dias amanheço acariciando os cabelos mais misteriosos, olhando para os olhos mais inocentes e beijando a boca mais sedutora.

-Que lindo! Consigo até imaginar. Que bom que ficaram juntos.


...


Gustavo




terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Santuário


Eu quero criar
um universo paralelo
onde nós caminharemos no parque
em alguns dias de semana
depois de tomar um café

Eu quero criar
um lugar para ser
o santuário da nossa amizade 
com livros no parapeito da janela
e um tapete peludo no chão

Eu quero criar
uma canção e uma melodia
para o cheiro que você tem
depois de acordar ao meio-dia
de barriga vazia e coração cheio
de fé

Eu quero criar
um som universal
que englobe seu sorriso 
que puxa o meu sorriso,
chuva no fim da tarde 
e nossos pés descalços no quintal

Eu quero criar
milhares de maneiras
de dizer que amo você
mesmo quando você odeia
o quanto eu falo que você me irrita

Eu quero criar
um sonho indestrutível
caminhando pelas ruas de lá
de mãos dadas

Eu quero criar
um amor inventado
e olhar você descabelado
rindo da minha risada escandalosa
e reclamar do seu exagero
quando diz que sou tudo aquilo
o que você procura em uma mulher

Eu quero criar
uma história infinita
e remendar
com fita adesiva
a fotografia que você rasgou
quando tivemos nossa última briga

Gabriele Diola

Dias de Glória.

"Toda vez que algo ruim acontece comigo, eu tento melhorar. É como quando você jura que as coisas vão dar certo, mas só pioram. Eu tento entender, tento aprender, mas é tao difícil ser uma dessas pessoas em que a inspiração vem de tristezas. Estou tão cansado de todo esse sofrimento, mas entendo que é minha obrigação, pois o mundo sempre espera por alguem que relate o que há nas trevas. O suicídio não passa por minha cabeça, mas não posso dizer que não passou. Odeio esse meu sentimento auto destrutivo, pior é o arrependimento que me bate após tantas confissões. Sou tão orgulhoso que nego meus fardos. Onde estão meus dias de glória? Espero um dia encontrar, em meio a tanto caos, o meu final, o meu objetivo, a minha paz. Em meio a tantas dúvidas, minha certeza é que o sólido pode derreter. Qual a lição? Qual a moral? Quando acaba? Quando escreverei algo dizendo "estou bem". Eu não posso mudar, basta aceitar e aprender. Irei esperar por alguem que mude toda minha amargura e arrependimento em dias de glória. Sera que no fim de um grande corredor escuro há uma porta que vale por todo medo?"


"Enquanto tanta coisa acontece, em meio a tanto caos, vou escapar do sufoco, vou me refugiar. No caminho do meu exílio vou tentar me encontrar, prometo retornar se meu legado guardar. Por dias de glória, lá hei de esperar."




Gustavo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Gosto do passado.

"O mundo esta cheio de trevas e dor. Enquanto tudo acontece, em meio de tantas coisas ruins, eu tento levar uma vida serena. No caos, eu procuro uma trilha sonora para minha vida, tento fazer com que todo pequeno detalhe se eternize. Eu bem me lembro dos bons e velhos tempos, onde dormir mais tarde em um sábado era um ápse da vida. Não posso me lembrar de muitas coisas, não consigo suportar o passar de coisas tão boas. Em minha melhor época, bastava ser você mesmo."

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Melancolia.

As pessoas me perseguem por todos os cantos tentando arrancar alguma definição sobre meu modo de amar, sobre quem amo e, se amo.
Meu amor pode ser definido como uma simbiose, uma amor oferecido, um sacrifício continuo. Meu maior amor se da por começos de pesadelos, começo de uma melancolia. Quando se houve uma voz do outro lado, em um estado de embriaguez emocional eu me deixo guiar, assim é meu amor. É tudo um tanto confuso, meu amor me quer entender, posso descreve lo como uma revelação, como uma gota de sangue.
Quando se perde o controle e descobre poderes ilícitos, todo dia se torna uma meta, é como se eu estivesse passando por um tratamento,..., sem esperar alta, sem lucidez. Meu amor me faz ficar nas trevas para aprender o valor da luz.
Meu amor pode ser: próprio, roubado, gerado ou compartilhado. Eu sinto meu amor em minha pele. Fazemos parte de um mesmo corpo, porém em consciências diferentes. Eu amo amar esse manifesto melancólico.
Eu me amo, eu o amo. Uma paixão sobrenatural, um desejo mortal. Minha paixão brota Dele, das artes, dos amantes da música, tornando minha vida uma verdadeira fornicação pela melancolia, como em um ópera com o final trágico.
Meu amor é frio, mas me aquece. Não existe, mas me define.Sempre movido por uma força excêntrica, uma revolução um tanto sadomasoquista, um amor melancólico, assim Ele é.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Tentar.

É sempre permitido ao herói perder para aprender, da mesma forma que é sempre válido ficar cego para ver o que os olhos não vem. Eu estou falando sobre a alquimia da vida, do amor. Só estou tentando lembrar quem eramos.
Saiba que no fundo do seu coração há um segredo que sua face não mostra, mas você não consegue revela lo pois se acha desmerecido de viver, saiba que a vida não gosta de "fortes", pois os fracos se curvam para recomeçar. Então, não pare de tentar, se você acredita em milagres, tente mesmo que pareça boba. Um futuro melhor vem por ai, eu consigo ver. Enfrentaras seu maior medo, será tentado pela sua maior fraqueza mas, conte com um final feliz, eu consigo ver. Quando se cai é possível ver por outra perspetiva, cair sem tentar é se render sem lutar. Se você se sente como se não houvesse amanhã, use seus últimos suspiros para aprender, acredite, nem tudo é feito para se acertar, seus erros te fazem ser você. Nos seus piores momentos eu vou estar ao seu lado, vou estender minha mão. As noites nem sempre serão trevas, o frio nem sempre será solitário. Tente mais uma vez, mais um passo, mais uma palavra. As coisas sempre melhoram quando você aprende a aceitar suas chances e encara com certeza quem você é.
Em um dia inesperado, seus sonhos serão realidade, neste dia olhe para o céu e agradeça por suas dificuldades. Até Cristo sofreu, olhe para o céu e agradeça por suas dificuldades. Tente mais uma vez, estenda a mão, trabalhe, perdoe, até Cristo sofreu. Você não precisa provar, precisa descobrir, sempre há uma segunda chance então, tente.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Meu quarto

Esses dias percebi que tenho evitado meu quarto. O lugar onde eu deveria me sentir mais seguro, é onde me sinto em deriva de todo tipo de perigo. Não consigo suportar as paredes brancas melódicas ou o chão de madeira quente e marcado, também é extremamente difícil ver o espelho me encarar. É como em um sonho, daqueles em que você não consegue acordar. Minha janela tem vestígios de um suicídio coletivo e o pouco ar que passa por ela  é impossível circular, por isso, me sinto um tanto sufocado em meu próprio quarto. Sempre na rua eu tento evitar de ter que entrar, evitar de fechar os olhos, evitar de descansar, porque meu quarto é sinistro. No guarda roupas há personalidades, na escrivania há notas de um escândalo. É um paraíso renegado, uma árvore seca,..., mas é o único lugar onde posso me abrigar.
OBS: Algo aqui me sufoca, deve ser meu chulé.

Ele não sabe


" Eu vi um garoto usando camisa vermelha e jeans. Ele tinha cara de príncipe e parecia ser bem feliz. Percebi que ele é o sonho de muitas garotas.
 Ele é bem popular e adora pegar as escrotas. Notei que ele é imaturo como um bebê sem mamadeira. Ele apenas queria corações para colecionar.
 Nem Julieta ficaria tão idiota, as meninas por ele comem bosta. O grande imaturo tinha uma voz de bozo, que vontade de retalhar seu rosto... Eu espero um dia entender o porque as meninas gastam dele e aff... minha melhor amiga se apaixonou por ele.
 Ele é fofinho, engraçadinho, um amor.
 Eu vi que ele tinha uma carteira cheia de capital. Ele tinha amigos que substituíam seu ideal. Percebi que ele só justifica seu umbigo. Ele gostava de fingir por status que é seu amigo. Notei que ele não possui atitude. Ele queria ser popular em grande longitude. 
 Nem vem pra cá seu dependente. Queria lhe rancar todos os dentes. Vê se vai crescer um pouquinho. Olhe ao redor e vê que ela nunca foi sozinha.
 Eu ainda espero que um dia ele perceba o amor oculto que ela guardou esse tempo todo. Ou pelo menos ainda guarda. E se depender de mim você, você... vo.. AH, DANE-SE VOCÊ!"


Gosh*

Nas mãos do senhor monótono.



Eu cai nas mãos do senhor monótono.
Suas mortas palavras, me fazem recuar.
Como um leão escondendo as garras, estou a descansar.
Mas, para o colo materno, não vou retornar.

Eu cai nas mãos do senhor monótono.
Seu lençol cinza, por um momento, me fez adormecer.
Ele me tocou de forma indevida, levando minhas idéias ao apodrecer.
Mas, estou fazendo de tudo para evitar o amanhecer.

Eu cai nas mãos do senhor monótono.
Sua sombra, cobriu minha face, me dando abrigo.
Ele desligou minha esperança me entregou aos inimigos.
E estou no meio de promessas, amores e detritos.

Eu cai nas mãos do senhor monótono.
Ele me acaricia até meu anjo se desmanchar.
Em sua cama, os pecados se poem a gelar.
Ele me calou, me fez mudar.


"Mas um dia, entre a fenda dos seus dedos, um raio de luz entrou.Por um minuto vital, a esperança me habitou, mas o monótono homem, seus dedos fechou."


Eu cai nas mãos do senhor monótono.
Seu sorriso me assusta.
Eu cai nas mãos do senhor monótono.
Seu silêncio me atrai.
Eu cai nas mãos do senhor monótono.
Até quando ele vai me carregar?


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vácuos

A esperança brilha no vácuo da escuridão,
trazendo memórias que me arrastam pelo chão.

A Lua brilha no vácuo da noite,
trazendo flash´s de um açoite.

A partícula brilha no vácuo do ar,
trazendo meu velho medo de amar.

O Diabo brilha no vácuo da mente,
trazendo seu fruto, sua velha semente.

Seu nome brilha no vácuo do meu coração,
e me faz terminar a poesia com forte emoção.

GOSH*

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Controle do Praíso.

Na época feudal, os cidadãos (quando não queimados por paganismo) eram controlados por uma medo em histeria. Por esse motivo, hoje me dia é mais fácil acreditar em inferno e punições ao paraíso e bondade humana. A "nobreza" clérica, sempre teve grande influencia negativa sobre as massas mais fieis. Esta mesma Igreja, que pregava o celibato e auto flagelações, era a mesma Igreja que se deitava com propinas, indulgencias, "favores" e pecados "menores" em geral.
Após perder a moral para o iluminismo e perder o apoio monarca, a Igreja Católica entra em declínio no século XX, perdendo para a cultura pop, assim, a mesma Igreja que pregava a ignorância cientifica resolve, por esses séculos apocalípticos, pedir perdão pela Inquisição, condenação de Galileu e as teorias negadas de Darwin. "O Papa é pop" e não é burro! Dessa maneira, com uma doutrina quase Luterana, a Igreja Católica procura pescar seus fieis novamente.
Com as chaves do Paraíso, os católicos condenam e não perdoam. Em pleno século XXI desaprovam o uso de preservativos, o aborto e o homossexualismo, aprovando assim a AIDS, abandono de incapacitado e uma péssima formação psicológica. Não vivemos mais em um mundo baseado na teologia, o Senhor não habita mais aqui, tirando proveito disso e com medo do esquecimento, um velhinho de branco e de fisonomia carismática é taxado como representante de D*us e nossas almas estão em suas mãos, sendo assim, é salvo quem serve ao Papa e não a D*us. Amém.
OBS: O Paraíso estará cheio de héteros aideticos!

GOSH*

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Contato de 6° grau.

-Aconteceu dessa maneira:
Uma estrela caiu do céu e a sua luz me cegou. Eu gritei,..., o mais alto que pude, mas ninguém quer ouvir o que os loucos tem a dizer. Os ventos e a Lua foram testemunhas do maior casamento entre minha alma e a escuridão. Desde então, sem dia e sem noite, minha vida permanece nesse crepúsculo. Fugi por terras desconhecidas e a estrela me guiou. O fim, não aparece no horizonte e o solstício indica eternidade. A terra e a água foram espectadores de um pacto, entre salvação e redenção. Sem horas e sem minutos, minha vida permanece nesse coma e meu coração não quer acordar. Para me lembrar de quem vou ser e me esquecer de quem sou, um triângulo me foi dado. A partir dai sua respiração me espreita. Você esta nas trevas e nas trevas fiquei por você. 
-...
- :)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mau.

Na fumaça do cigarro, meus problemas se destroem. Andei procurando minhas soluções em lábios estranhos. A bebida me envolveu de  uma maneira aconchegante. E eu sei que não sou feliz. Eu sou uma péssima pessoa, e não consigo ocultar minhas vestes sujas. Talvez , deveria partir, mas não é preciso. Sinto falta de mim. No prazer do orgasmo eu me entreguei, jogando minha imagem direto no lixo, porque sou um garoto mau. Odeio meu jeito autossuficiente. Odeio admitir que estou perdido. Odeio dizer quem sinto sua falta.

Vivenciado a Dois.

Nada nem ninguém me faz esquecer o que foi vivido a dois. Dores marcadas na memória do tempo em que andávamos de mãos dadas. Demos prazer a quem nos machucava, como em uma simbiose, vivemos. Você e eu, criamos os piores fardos e os melhores problemas. Agimos como veneno e solução, retalhamos todos os contos de fada. Acreditamos em verdades mentirosas e desacreditamos e mentiras verdadeiras. Nos olhos, a preocupação, na boca o sorriso e no toque o prazer. Devoramos um ao outro. Amamos a ideia de namorar, odiei a ideia de amar. Sufoquei sua alma, destruí sua família e matei seu coração. Acelerou meu tempo, atrasou minha mente, culpou minha alma e inocentou meus pecados. Trocamos os nomes, mudamos de sexo, esquecemos de quem éramos. Passamos por uma metamorfose, cultuamos o natural. Pagamos para ver e recebemos para ficarmos cegos. Te mato, tu me matas, te devoro, tu me devoras, te "trépo", tu me "trépas". A boca secou, o cérebro ficou sem respirar e o coração acelerou. As lágrimas caíram como tiros em meu colo, a dor se acabou. As marcas em meu corpo, sobem a minha mente. A esperança de uma novo amor, desce em seu coração. Enfim, um fim. Tudo se acabou. Mas nada nem ninguém me faz esquecer o que foi vivido a dois.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Starting G.O.S.H. Project...


" Quando me dou conta, quando acordo, percebo que minha realidade verdadeira foi invadida por um reino de injúrias. Este manifesto caótico, invade minha cabeça, e todas as noites eu sou reiniciado para um novo propósito, para uma nova vida"
G*

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Peregrino.

Eu não consigo me mover, mas estou andando. Não consigo ver, mas observo. Dessa maneira eu fugi da minha casa, fugi da minha mãe e do bom espírito, que não consegue me conter. Abandonei as noites acordadas e o cigarro aceso. Decidi correr pra dentro de mim, fugir do meu grande eu.
Eu subi por cima do meu cérebro, e entrei em minhas lágrimas, molhei meus medos com álcool e. totalmente embriagado, eu estou fugindo do certo e do errado, mas ainda estão olhando pra mim. Eu fugi da igreja, observei a mãe que nunca chora e o deus que nunca se move. Eu entrei no silencio, lembrei minha morte e esqueci quem eu sou. Eu fugi de dentro da minha mente, eu sai nas minhas fezes, eu menti para os anjos.
Foi fugindo que eu me perdi em mim, esqueci meu nome, esqueci minha face. Choques de dor queimaram minha pele e a parte mais escura do céu se abriu para mim. Eu fugi do meu Gosh, do Diabo, das drogas, do Gustavo.
E todos os dias, antes de dormir, eu fico imaginando minha carne apodrecendo sem presença de espírito. Por isso eu fujo, e fujo para morrer.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Triângulos.

"Em mil voltas por segundo, minha mente cai em um buraco negro. Muitas alternativas e possibilidades invadem minha cabeça, mas não consigo fazer nenhuma escolha, não consigo dormir nem acordar. O grito do silêncios é ensurdecedor, meus olhos viram, meus músculos se contraem e meu corpo é dominado por dores e dúvidas malignas, em um moto continuo.
A morte assopra em minha nuca, a raiva cochicha em meu ouvido, e estou empalidecido, sem alma. mas com batimento cardíaco. As verdades se misturam com ilusões e me trazem rancor acompanhado de um doce e memorável remorso.
Olhos,..., muitos olhos me cegam e me atraem para um ninho de serpentes cegas. Não consigo ouvir a maior voz, não consigo ver alternativa. Por um caminho tortuoso, eu vou sendo conduzido para um exorcismo longo e frio. Cigarros, bebidas e prostitutas cospem em minha face enquanto o Louvor e injúria é tocado.
Meu suor pinga, minha lágrima escorre, meu medo fala e a escuridão me envolve."

domingo, 23 de outubro de 2011

Bate-bate o...

É o simbolo de fertilidade.
Seu designe é incrível,
É melhor, dependendo da idade.

Te quer e te mama
Hó desenvolvido pênis,
Sai da cueca e pula na cama.

O pênis tem grande utilidade,
Seu calibre e desenvoltura
Para o prazer, basta simplicidade.

Bate, bate, bate,
Hó, hó, hó,
Hm, hm, hm.

Quando o Pênis endurece,
Desbrava todo território,
O menino enlouquece.

Depois de gozar,
Com uma meleca no rosto,
O Sr. pênis volta a nanar.



Sally.


Meu querido Teddy.

Ela acaba de chegar. A advogada Sandra, joga sua pasta de trabalho no sofá e da uma breve olhada nas inúmeras correspondências. Sandra logo vai tomar um banho e passa um longo período afogando seus pensamentos na banheira e baforando seus medos no cigarro. Após seu banho, Sandra vai em sua cozinha tomar um vinho. Ascende mais um cigarro e coloca sua música preferida, Billy Eckstine - Satin Doll. Nossa essa música causou um respiração profunda na sensual advogada de trinta e três anos.
Então, abriu seu guarda roupa e dele tirou uma caixa, dessa caixa tirou um velho, rasgado e empoeirado urso. Sandra começou a falar:

-Olá Teddy... Sei que não falo com você a muito tempo, (risada). Ainda estou meia tonta pelo vinho, mas sabe, por mais besta que possa ser uma grande advogada, como eu, estar um pouco aérea e falando com seu ursinho de pelúcia da sua infância, tenho que me abrir com você, pois desde de sempre, você foi meu único amigo. (risos) Não ria Teddy! (risos) É sério! Enfim,..., Teddy, te amo muito, você foi meu melhor é único presente em minha podre infância,..., Nossa, como odiava aquela casa! Odiava a casa e tudo que estava dentro dela. inclusive minha mãe e o meu amável padrasto. Se lembra deles, né? Hum, meu Teddyzinho, (abraço) sabe,..., as vezes penso em você no trabalho, penso em como você me ajudou com aquele periodo difícil. Se lembra Teddy? De quando ficamos mais unidos que unha e carne? Eramos o sheriff Teddy e a frágil donzela Sandra,..., nunca gostei de ser a mocinha, queria ser o sheriff! Mas enfim,..., O calos do corpo dele ainda esta no meu,..., eu me lembro de estar brincando com você, como eramos bobos (breve sorriso), foi quando ele chegou. Já estava bêbado, me lembro de sentir o cheiro vindo da sala para meu quarto, me dava nojo! Como sempre, ele brigou com minha mãe,..., Odeio homens! Ainda bem que você não tem pénis Teddy. (risos). Você conseguiu ouvir o barulho do soco? Ou foi só eu? Depois que ele surrou minha mãe,..., Eu me lembro,..., Me lembro,..., do barulho dos passos dele, subindo a escada. Fiquei apavorada com a ideia de ele querer tomar você de mim. Foi quando te escondi no armário, mas me lembro de deixar uma fenda  na porta pra você respirar, dava pra ver seus olhinhos pretos,(leve sorriso). Quando ele entrou, me lembro do insuportável odor de álcool.
Ele não me disse nada,..., ele nem abriu a boca,..., ele nunca disse nada,..., nem um "eu te amo, vadia". Ficou parado, me olhando. Fiquei com tanto medo! Estava tão apavorada que nem pensei em correr,..., foi quando ele me agarrou. Eu não queria,..., (choro) Teddy,..., ele me disse que eu era bonita, (choro), como ele pode fazer isso? Estava doendo de mais,..., As únicas coisas que passavam na minha cabeça eram: Teddy esta a salvo? Quando vai acabar? Onde esta minha mãe?,..., Aquela vadia,..., eu conseguia ver a sombra da aquela puta no corredor segurando o terço,..., (choro) Porque ela não fez nada? Porque Ave Maria não fez nada? Com o tempo, ele ficou mais rápido, me lembro de sentir o sangue descendo pelo chão, ele não parava. Eu não conseguia sentir minhas pernas e meu pulso estava doendo porque ele estava apertando, foi quando vi você, querido Teddy, no canto me olhando, esse momento, pode parecer estranho, mas sai do meu corpo e me entreguei ao prazer repugnante do meu padrasto esperando com que ele terminasse.
Quando acabou, "puff", ele se foi,...,eu fiquei lá, parada, enquanto ouvia ele fechar o ziper... Depois desse dia, minha mãe disse que eu era imunda e me mandou para morar com minha avó, e você Teddy, esteve comigo todo esse tempo, a guardou o segredo sobre como eu virei quem sou hoje, guardou para sempre. Te amo Teddy.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Gustavo e Gosh.

UM DIA RESOLVI CUIDAR DO MEU "BEDELHO", DIRIGI MINHAS DUVIDAS AO ESPELHO:

Espelho espelho meu,
responderas sobre os enigmas seus?
Quando te encaro quero te questionar,
Do porque me fazes odiar amar.

Olha me como se fosse seu inimigo,
Quer que eu carregues seu fardo comigo?
Será que nunca poderei ser simples?
Por que fazer com que meus problemas tripliques?

Tenho medo do seu poder
Mas sem ti, nunca irei vencer
Meu amado insano
Me diga a verdade, querido amo.

Hó meu caro companheiro,
Nunca irá acabar o fardo de servir ao espelho?
Não quero te atormentar,
Mas quero que me diga: "quando vão me amar?"

E O ESPELHO ME ENCAROU, E COM GRAÇA E CINISMO ME RETRUCOU:

Caro concorrente meu
Responderei tais enigmas seus.
Quando te encaro, tenho que duvidar
Cá entre nós, tu não tens a capacidade de amar.

Não és meu amigo, muito menos inimigo,
Mas com graça e virtude, carregarás meu fardo consigo.
Enquanto a ser simples, é um tanto muito chato.
Ter problemas te fará sair do anonimato.

Deves me temer pois sem mim,
Nunca irás vencer.
Viverás como um lunático
Verdade nunca é boa para o errático.

Hó meu caro companheiro,
Nunca irá acabar o prazer de servir ao espelho!
Não venha me querer amolar,
De novo e de novo, com esse papo de amar!


ASSIM, AS VERDADES MEU CORAÇÃO ACOLHEU. DESDE DE ENTÃO, CONHEÇO UM VELHO AMIGO CHAMADO "eu".


domingo, 16 de outubro de 2011

Je sui le art

Eu esculpi minha boca,
Pintei meus olhos,
Moldei meus cabelos,
Cantei meus ouvidos.

Desenhei minhas mãos,
Tatuei meu dedo,
Marquei meu pulso,
Dancei meus pés.

Perfumei meu amor,
Escrevi meu pensamento,
Vesti minha Biografia,
Moldurei minha opinião.

Cortei minha visão,
Enquadrei meu rosto,
Coloquei Glitter na dor,
Colori meu futuro.

Fiz de mim uma tela,
Biografia de uma cela,
Sou minha arte,
Je sui le art.


O fim.

"Tudo se acabou. Eu tenho que admitir que não durou o quanto eu pensava. Sei que nós somos os causadores de tanta confusão entre nós, mas é que depois de, lutar por você com mais de mil concorrentes, fazer você me notar, te fazer rir, ser importante pra você e conhecer seus familiares no jantar de domingo, eu não imaginaria que tudo iria se acabar. Não acreditaria, nem mesmo se todo o mundo me dissesse que nós seriamos apenas melhores amigos, pra sempre, perfeitos juntos, mas apenas amigos. É tudo tão doce, e logo o sabor vai embora, me restam apenas a lembranças e a amizade. Eu não sabia que era um garoto mau, eu tentei mudar o meu jeito, acreditei que ficaríamos melhor juntos, mas tudo se acabou. As vezes o que é eterno dura um segundo."

sábado, 15 de outubro de 2011

Linha da Vida


Todos os dias, pessoas acordam com: uma nova esperança, uma  ideia inexperiente e uma perspectiva detalhista. Essa esperança alimenta, pensamentos futuros. A nova ideia, transforma as atitudes e a proposta confrontam as dúvidas. Assim, nesse vai e vem de existências, pessoas saem de seu conforto para encarar sua realidade.
É incrível como histórias se cruzam, se enrolam e estouram. Assim, na linha da vida, cada um quer achar seu ponto de chegada e de parida, mas não esta previsto, a nenhuma linha vital, um nó. As vezes com outra linha, as vezes sozinho, as vezes mais que um, as vezes pequeno. Não premeditamos certas emoções, pois talvez, o maior conflito de razão e emoção se da quando se debate com outra pessoa. Uma pessoa que se pode amar, odiar, duvidar ou ignorar.Tratando de outras pessoas, os sentimentos adquirem um aspecto eufêmico, em contraste com a fria realidade emocional.
Como em uma cama de gato, vidas e vidas se cruzam, e o que era para ser intrínseco se torna popular e até superficial quando olhado por uma perspectiva futura. Consequentemente, o que foi ignorado era importante e o que foi acolhido era destrutivo.
No "corre" do dia a dia, narrativas efêmeras, disputam espaço em sua memória, sentimentos egocêntricos lutam com conceitos próprios. Esquecendo e aprendendo, caindo e correndo, sempre encontramos pessoas que oras se quer trazer, ora se deixa levar.

Gustavo*

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Doce Acidez

"Esses dias conheci uma garota franzina e talvez a mais doce e azeda ao mesmo tempo. Seu nome?... oras não vem ao a caso, nesse exato momento. Quando a vi, sabia que ela tinha algo especial, fora seu cabelo curto, calça rasgada e sua pele friamente branca como a morte, sabia que bem no fundo, existia uma revolucionaria, de uma visão futurística e um tanto  apocalíptica, mas a cima de tudo,..., é uma garota e eu amo isso. Senhoras e Senhoras, preparem suas mentes e sua afiada opinião. Com vocês... DOCEACIDEZ*."
OBS: Devorem a!




CLICK CLACK O Capeta que te carregue… SHUAHSUAHUSAUHSUAH

Por que se lembra de Jesus,
Quando ta com uma arma apontada,
Mirada bem no meio dos miolos…
Mas seguio sempre com sua vida mesquinha,
na moda, cor de rosa, egoísta, obrigatória…
Babando ovo de rico,
Cagando e jogando seu lixo tóxico nojento no chão do pobre.
Agora quer clamar esse tal de Jesus ?
Por que não se lembrou dele na hora de partilhar o pão ?
Por que não se lembrou de sua humildade e respeito para com todos ?
Sim, rogueo-o, clame-o, reze para ele agora…
Pois as larvas não terão piedade na hora de corroer seu corpo,
E o Capeta sentirá um imenso prazer  em devorar sua alma.

( Tita; )
http://doceacidez.wordpress.com/

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Run This Town.

"Talvez por que você prefere se deixar influenciar, ou porque as obras feita por ele parecem aos seus olhos mais agradáveis, mais tentadoras.. Ou quem sabe, é mais fácil fazer a vontade da carne do que a do espírito. E sabe o que mais te incomoda? o Espirito Santo te acusando bem lá no fundo do peito a cada decisão errada, a cada gesto que vai de encontra aos seus planos anteriores (o propósito de Deus na sua vida) ou a seus princípios, e depois de um longo dia de trabalho ou de "diversão" é angustiante dividir o travesseiro com os pensamentos e as lágrimas que insistem em descer (Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Romanos 7:19); porém, posso te assegurar que é só uma fase, vais andar em círculo e vai quebrar bastante a cabeça, mas no tempo de Deus, voltará ao primeiro amor, por que eu sei, nós sabemos primo, VOCÊ TEM O CHAMADOEu te admiro. E sabe mais? acredito ter o dom de enxergar muito além dessa capa externa, que tenta contrariar todo mundo e se passar por " louco esquisito" para TENTAR fugir de si próprio. IMPOSSIBLE!"

Abençoado seja quem ler essas palavras de uma profecia contínua
E abençoado seja os que a mantem viva na carne e no sangue.
Pois a hora esta chegando, e o oculto sendo mostrado.

Quem conseguirá alcançara a morte em tempos perdidos?
Pois, eis que ele vem e consigo trará toda a justiça prometida aos abençoados.
Da fonte de águas vivas , beberam os filhos de D*us altíssimo.

Mas, a todo aquele que se entregou a momentos profanos,
Ou se diz ser um grande conhecedor de Satã,
Ficará, e arderá em chamas e enchofre.

Por muito tempo tenho perdido o sono por isso,
Parece mais do que nunca que o Grande dia vem.
Deixem o justos serem justos e os incrédulos serem incrédulos.

Quem escolher contemplar o demónio se jogará em uma prisão.
Seus músculos não te salvaram, e suas obras pereceram.
Seu legado será levado com sua alma para onde a morte é eterna.

Assim seja cumprida a profecia,
"Dando a César o que é de César."
Minha parte eu farei!
Amém.


Eu e Eu.

Eu te dei meu coração.
Você me deu um beijo.
Eu te dei um abraço.
Você me deu amor.

Eu te dei uma confissão.
Você me deu uma promessa.
Eu te dei uma dúvida.
Você me deu me deu uma certeza.

Eu te dei meu medo.
Você me deu suas possibilidades.
Eu te dei espaço.
Você me deu uma cobrança.

Eu te dei uma palavra torta.
Você me deu um chifre.
Eu te deu um adjetivo.
Você me deu um problema.

Eu te dei um tapa.
Você me deu um olho roxo.
Eu te dei uma facada.
Você me deu a morte.

Eu te dei o perdão.
Você me deu o "aceito".
Eu te dei o troco.
Você me deu me deu a vingança.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Meu fim (paródia)

Paródia do poema "Até o fim" de Chico Buarque


Meu fim

Quando morri veio um diabinho correto
desses que resumem o fim
E decretou que eu estava ultrapassado
e que meu legado é só pra mim
"Inda" garoto deixar de cheirar cola
nunca fui torto assim
Não sou errante, eu sou bom na escola
e nunca fui "lindim"
Um bom futuro é o que sempre esperei
e foi o que vi no meu fim

GOSH*

Ressuscitar

Para ver o Sol novamente, tive que largar meu coração de vidro. Desisti de falar sobre o amor perfeito, pra ver se a realidade chaga aos meus pés. Me entreguei a uma rotina sem fronteiras, uma rotina sem destino, uma utopia sem objetivos. A decisão mais sabia foi querer viver como um tolo. Cada dia, cada hora, é um passo, cada espaço, cada caminho uma história. Vivendo personagens, vivendo sem viver, vivendo a vida. As vezes me congelo em meus sonhos e assim eles viram pesadelos.
Acordei, querendo esquecer quem eu sou. De um tempo frio e chuvoso eu vim, diretamente dos pecados, para decidir: Morrer ou se Sacrificar?

Ressuscitar para o sempre, pra sempre Ressuscitar.
Essa é a rotina, de quem quer provar da luz do Sol e das trevas da noite. Sua pele se reconstitui, mas as cicatrizes ficam para te lembrar sobre uma luta sem objetivo.

Eu olho em volta de tudo e te procuro no meio da selva de pedra. Estou armado com a minha mais nova experiência em desastres amorosos. Sacudi a poeira da minha roupa e sai do meu caixão, estou pronto para uma nova queda, uma nova aposta. Nunca me arrependerei do que fiz ontem, pois com tais decisões sou quem sou hoje. Estou sempre disposto a morrer e ressuscitar, como um fênix sempre voarei para meu lugar de origem, como um cigano, deixarei o passado onde esta.
Acordei, com sede da sua alma, com o calor da vida. Quero, dessa vez, experimentar, dos venenos mais gostosos e decidir: Morrer ou Se sacrificar?

Ressuscitar para o sempre, pra sempre Ressuscitar.
Essa é o hábito de quem quer descobrir o que verdadeiramente é. Gente que luta para amar e morre por ser amado. Nada dói tanto como viver.

Ressuscitar, Reaparecer, Reviver, Ressurgir, Renascer.

Me sacrificarei por um amor impossível e morrerei por uma verdade que esbraseia meu coração e esfria minha mente. A verdade está, na quilo que não se pode dizer, mas se pode sentir.

Essa é a prática de quem quer subsistir mais do que a vida. Sem dar olhares aos acertos, contando os erros para não errar. Sempre com os olhos no ultimo ato.
Essa é o costume de quem não liga para seus problemas. Se a vida lhe da a oportunidade de lutar, lutamos mesmo que para morrer.
Essa é a rotina de quem morre e ressuscita. Pessoas que não param nos seu erros, mas continuam tentando os acertos. Rotina dos que não sabem amar, rotina dos bravos e vitoriosos em fé.
Essa é a rotina,..., Ressuscitar.

domingo, 9 de outubro de 2011

Afiado alívio

Na pele a doce faca escorre.
Com destreza e maestria, as minhas dores recolhe.

Sobre minha pele, marcas ilegais.
Na ponta da faca, prazeres sem iguais.

Quando o coração aperta e a lágrima não escorre,
A dor me recolhe, o deslize me envolve.

Quando percebo minha história jorra.
Por alguém meu pulso chora.

Minha amiga afiada me satisfaz,
Meus horrores se tornam carnais.

Enquanto a alívio toma conta,
Eu me transporto para um faz de conta.

E mais uma vez,
Uma cicatriz por vez

Assim jamais esquecerei,
O tamanha da dor que passei.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Vermelho e quente

Uma gota inicial escorre pelo meu corpo. Dançando suavemente, vai marcando minha pele com todos os seus segredos e dor. O grito do silêncio, acompanha cada passo do tortuoso caminho da gota de sangue. Vermelho e quente, como pecados castigados e verdades ocultas. Sem origem e sem fim, o sangue desliza sobre todas as digitais, como um crepúsculo.
Procurando um fim e carregando a sua história, a gota de sangue encontra no caminho cicatrizes de outras épocas. Seu sangue é a mais pura verdade, é o resultado da sua dor, é a sua marca, é seu elixir.Vermelho e quente, como lembranças dolorosas e revoltas sem motivos. Sem origem e sem fim, o sangue alimenta toda a angústia que entra em erupção.

Em minha carne escrevi seu nome.
Em um cálice eu o coloquei pra você.
O meu sangue confessa o que meu coração não pode dizer.
Você não entende o quanto de sangue deve ser derramado por você.
Você não percebe que ele faz mais do que salvar sua vida, o meu sangue resgata sua alma.

Vermelho e quente, como o nascimento de uma profecia e o cumprimento de uma maldição. Sem origem e sem fim, o sangue carrega todo o peso por eu amar você.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Desabafo.

"Eu sei que a Dona vida deu seu xeque mate. As pessoas quem me rodeiam, que fazem parte do meu cotidiano, sabem o oculto de mim e se esquecem de notar o que esta exposto em minhas atitudes. É muito estranho você ter milhões de amigos, alguns verdadeiros amigos e se sentir incompleto. Quer dizer, por traz de todos os meus sorrisos, as minhas fotos, os meu textos, existe uma pessoa comum,..., que é aluno, filho e adolescente. As pessoas nunca enxergam em mim os padrões de alguém normal, talvez por isso eu não tenha o privilégio de passar por sentimentos de pessoas normais, pelo menos não ao ver deles.
Toda alegria me traz um fim,..., para mim, tudo que me faz sorrir, já acabou. Mas, não sinto a dor de acabar, talvez isso possa ser uma virtude, porém me traz o medo de um dia, toda dor gerada de uma alegria, volte a me assombrar em um domingo como esse."

domingo, 25 de setembro de 2011

O garoto sem os olhos

Em um pequeno mundo irreal, existia um garoto sem os olhos. Ele era apelidado com todo tipo de nome, e não tinha amigos. O garoto sem os olhos, gostava de fazer coisas que os outros garotos não gostavam, coisas como conversar com sapos, ou até mesmo, nadar na gelatina. Nunca ninguém viu o garoto sem olhos sorrir, ou acompanhado de alguém de carne e osso. O garoto sem os olhos, vestia um terno velho e preto, seus sapatos eram desgastados e maiores que o pé, seu cabelo sempre amassado de um lado e seus olhos nunca mostrados. Certo dia, o garoto sem os olhos, foi questionado do porque era assim, e ele disse:
-Tive que escolher entre ter olhos que me fazem chorar, ou ser eu mesmo.



MORAL: se você quer ser você próprio, não pode dar olhares para os outros.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os dias amargurados se foram.

Os maiores erros ficam no passado quando se tem prudência. As maiores dores ficam na memória de quem tem cicatrizes. Tudo se torna uma sequência quando você vive em uma sociedade menos egoísta. Os sonhos, não são pra serem esquecidos, as lutas não são para serem amarguradas e a vitória não é pra ser individual. De mãos dadas com minha sombra, eu celebro um novo tempo. Um tempo onde ser jovem é pra sempre, um tempo onde ser velho é ser sábio. Os dias amargurados acabaram, os portões do credo se fecharam, e mais um dia vem, um novo Sol nasce. Então vamos nos abraçar e celebrar com toda sede de sabedoria, vamos abraçar nossa mãe e nosso pai, cuidar de nosso irmão e amar nosso amigo. Vamos viver de amor, puro amor, amor simples e singelo. Se você deixar que a noite leve seus pesadelos embora, você conseguira contemplar os olhos mais belos das muralhas mais fortes. Os dias amargurados acabaram, a grama esta fresca, é tempo de uivar como lobos e rir como palhaços, por isso liberte quem esta preso em você. 

Enquanto todos querem uma ambição, eu procuro uma lição de vida. E quando me perguntam o que eu quero ser quando eu crescer eu os digo:

Feliz, é o que eu quero ser. A vida é tão bela e única, não há o porque desistir. Infinitas possibilidades me fazem viajar no colo do futuro, tão perto das estrelas mais brilhantes. Os dias amargurados terminaram. Você não precisa ser famoso, belo ou rico, pois tudo é banal, fútil e carnal quando comparado aos planos do Espírito Divino. Por isso, deixe se contagiar pelo fogo do Espírito Santo, suba na carruagem e explore os mistérios mais secretos. Esqueça seu ontem, não se preocupe com seu amanhã e viva sua eternidade. As pessoas querem amar pessoas, deixe ser amado, pois o dias amargurados terminaram. Lute pelo o que não se pode tocar, o que não se pode ver. Como uma folha se permita levar, Ele guiará. Vamos celebrar o início de um novo milênio, um novo ano, um novo dia, horas, segundo e milésimos de uma celebração espiritual. Esqueça conceitos, esqueça regras, volte a ser criança, só assim podemos brincar durante toda a vida. Se a chuva vier será para trazer a fartura. Não tema seus fantasmas eu estou com você. Estarei sempre com você.

Precisamos de:

Ideias lunáticas, espíritos livres e jovens diferentes. Vamos atrás de nossos sonhos, vamos idealizar um novo marco na história. Os dias de amargura terminaram. Aos tímidos, a voz, aos maldoso o amor. Precisamos de amor. Os dias de amargura terminaram. Quero todas a futuras histórias, quero os sorrisos, quero viver. Quero a intensidade de viver amando, quero ser feliz, pois os dias de amargura terminaram, sim! Eles terminaram, vamos celebrar, vamos gritar e rolar de rir. Os dias de amargura terminaram. Adeus passado, adeus cinza, adeus preto, adeus a tudo que me fez errar. Os dias de amargura terminaram vamos celebrar, o início de dias melhores. Os dias de amargura terminaram.

E quando me perguntam o que eu quero ser quando eu crescer eu os digo: quero ser eu.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vida da Gente

Tem gente que vive para amar
Tem gente que vive para causar
Tem gente que vive por viver
Tem gente que vive para trabalhar.

Tem gente que vive pelos outros
Tem gente que vive como monstros
Tem gente que vive para morrer
Tem gente que vive  por ouros.

Tem gente que vive para se vingar
Tem gente que vive para sonhar
Tem gente que vive para escrever
Tem gente que vive a sangrar.

Tem gente que vive para ser feliz
Tem gente que vive para fazer alguém feliz
Tem gente que vive rindo
Tem gente que vive sendo infeliz.

Tem gente que vive pensando
Tem gente que vive comprando
Tem gente que vive mentindo
Tem gente que vive questionando.

E tem gente como eu, que vive relatando a vida da gente, procurando gente que vive intensamente.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

As cartas do passado.

Carta de Jude para Harry.

Querido Harry

Como vai? Espero que estejas bem, do fundo do meu coração. Bem, aqui esta tudo na mesma, desde aquele tortuoso verão. Sei que não devia estar escrevendo esta carta, sei que não quer ouvir falar sobre mim, mas tente entender que nenhuma marca pode ser apagada, mesmo depois de meses. Acho que escrevo essa carta, não pelo motivo de me justificar, ou te venerar, mas pelo motivo de me esclarecer, para mim mesma. Porque a pior coisa é quando uma mulher se perde nas promessas do passado. 
Depois do tortuoso verão, fui obrigada a largar todo tipo de sonho, e a Esperança não me acompanha mais. Sei que é triste dizer isso e tive que criar muita força para dizer, mas é a minha atual realidade. As vezes fico parada, pensando em como você esta, pensando se você ainda se lembra de mim, pensando se você vai voltar. As vezes fico muda, nem sei o que dizer, mas sei que há muito a se falar.
Meus sonhos não são os mesmos, meu cabelo não cheira mais morango. As coisas estão difíceis por aqui, Harry, mas, não consigo ficar preocupada comigo, pois não paro de pensar em você. É quase uma tortura, todo mês receber uma foto sua, é quase uma tortura, ver outras pessoas juntas e saber que, quem eu quero, está a milhas de distância. Ainda costumo visitar o velho lago, mas até o lago não é o mesmo.
Mamãe acha que já está tudo bem, porque quando estou infeliz ela acha que esta tudo bem?
Querido Harry, sempre acreditei no amor, mas não consigo entender o porque ele não acredita em mim, o porque não posso viver ao seu lado. Por isso é com grande dor que eu imploro, Harry suma da minha vida. Não quero suas fotos, não quero noticias, quero que desapareça e leve consigo todo o passado de emoções. Mas por favor, não se esqueça de ser feliz. Eu te amo Harry, sempre amarei, mas não posso morrer vendo o pôr do Sol. Te amo Harry, não se esqueça. Lembre -se de mim quando chegar em seu paraíso.
Com medo
Jude.

sábado, 10 de setembro de 2011

Querida Rosa

Queria da Rosa,

Sei que esta muito zangada comigo, mas preciso me explicar. Sei que te maltratei, te fiz sofrer, mas foi por amor, foi um ato de desespero. Você deveria ter ouvido os avisos de suas amigas do jardim. Saberia que meu amor não dura e que por isso recorro a você. Hó minha querida rosa, seus restos eu desfiz, sua parte boa eu colei na minha biografia. Consigo contemplar seu semblante triste por mim, consigo ver suas lágrimas de dor escorrendo por seus membros. Minha querida rosa, me desculpe, mas ele não me bem tratou, por isso continuarei assim, matando o seu tempo e jogando seus pedaços ao vento:
- Bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É possível morrer de amor? (o último ósculo)

Existe um sentimento que fascina a todos por sua ideologia e suas consequências, o amor. Este sentimento tem deixado filósofos sem razão e agora intriga a mim. O amor é um sentimento vivido e que não pode ser justificado pela lógica, e esta também não pode decifrar a morte. Podemos dizer assim que, a morte e o amor estão ligados como uma perigosa energia que, se não direcionada traz efeitos colaterais. É possível perder o seu "ser" adquirindo um alter-ego, totalmente oposto do que a pessoa é, assim morre uma personalidade e nasce outra.
Amor e morte são certos, mas de ordens incertas. Amar, faz com que o ser humano apele para seus instintos mais primitivos, ficando sem justificativas para seus atos, sujeitando-o a um risco sem medidas. Se morre e se nasce, se mata e se vive, em um moto contínuo.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Desafio para mim!

Fui desafiado a fazer uma narração utilizando as palavras: céu, vontade, Meryl streep, chato, SENAI, utopia, morte, músculos, paz, "Alo Diabo", Santos Drumont, Zorra Total,  solitário, Giovanna, vida, Space Jam, conforto, complicado,  impossível, obrigação, fútil, complicado, choveu, bebê, Diola e informação.
Eis o meu monstro.

O dia em que choveu bebê.

Ontem aconteceu uma utopia. Apesar da morte, Santos Drumont estava assistindo Zorra Total, quando seu momento de conforto foi interrompido por uma ligação:
-Alô, Diabo.
Disse o solitário senhor Drumont. Diabo era muito chato e estava ligando por obrigação. Ele queria saber o que havia acontecido com a Giovanna, que era a secretária do inferno. Pelo o que Drumont entendeu, Giovanna criou vida e saiu do inferno para se casar com a Diola.
Diabo estava furioso, por isso, se encheu da vontade de ligar para seu ex colega SENAI, Drumont.
Drumont, sabia que Giovanna havia ido com Meryl Streep assistir Sapace Jam. Com essa informação, confortou o complicado Diabo. Assim, Drumont movimentou seus músculos da mão e desligou o telefone, ficou finalmente em paz para ler um bom livro.
Sei que parece impossível, fútil e complicado, mas foi o que aconteceu no dia em que choveu bebê do céu.

domingo, 4 de setembro de 2011

Gustavo poR DiOla

Sabe muito bem o que é (e não sabe ao mesmo tempo), as vezes se perde no meio do que quer e confunde desejo com luxúria… Mas não é que dessa confusão vem uma mistura tão boa? Se sente forte, impuro e sujo. Pesa e dói, mas é muito bom. Fica matando o seu tempo com estilete, de tão devagar e intenso, corta bem fundo mesmo sendo simples. As vezes sente aquela vontade forte de não ter mais vontade alguma. Se olha no espelho e vê cansaço, mas continua ali. Acorda com falta de anseio e se sente tão cheio de um vazio belo e inspirador. Vive do grito, da expressão, do alimento da sabedoria e paixão, vampiro com sede de beber sentimentos efêmeros, aproveitador de momento. Sonha como um louco, vive como um lunático e disso não vem problema. Não é e não quer ser do bloco da maioria que dança igual nesse vai-e-vem, e talvez seja por isso que não encontra o par que quer, não procura retirar ninguém da massa do povo. Quer alguém do circo de horrores, mas não quer enxergar que talvez a máscara comum cobre a alma de algumas aberrações, como seu disfarce e anda no contrafluxo. Não é normal, e não tem medo de cair nas armadilhas do próprio paradoxo. A armadura é forte, cheia de cicatrizes e não se importa a quem dá olhares tortos. E cai, e pula, e tenta voar e cai denovo. Quantas vezes for preciso; Quanto mais machucados, mais cicatrizes, mais marcas da grande luta. Sua filosofia um tanto confusa sangra e grita pedindo para ser desvendada. Como uma caixa cheia de mistérios, cartas velhas, lembranças e pensamentos obscuros. Esse é ele. Vai e volta, um boomerang inconstante, impossível, intrigante, intríseco e interessante de coisas que ao olhar comum parecem besteira.