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domingo, 4 de setembro de 2011

Gustavo poR DiOla

Sabe muito bem o que é (e não sabe ao mesmo tempo), as vezes se perde no meio do que quer e confunde desejo com luxúria… Mas não é que dessa confusão vem uma mistura tão boa? Se sente forte, impuro e sujo. Pesa e dói, mas é muito bom. Fica matando o seu tempo com estilete, de tão devagar e intenso, corta bem fundo mesmo sendo simples. As vezes sente aquela vontade forte de não ter mais vontade alguma. Se olha no espelho e vê cansaço, mas continua ali. Acorda com falta de anseio e se sente tão cheio de um vazio belo e inspirador. Vive do grito, da expressão, do alimento da sabedoria e paixão, vampiro com sede de beber sentimentos efêmeros, aproveitador de momento. Sonha como um louco, vive como um lunático e disso não vem problema. Não é e não quer ser do bloco da maioria que dança igual nesse vai-e-vem, e talvez seja por isso que não encontra o par que quer, não procura retirar ninguém da massa do povo. Quer alguém do circo de horrores, mas não quer enxergar que talvez a máscara comum cobre a alma de algumas aberrações, como seu disfarce e anda no contrafluxo. Não é normal, e não tem medo de cair nas armadilhas do próprio paradoxo. A armadura é forte, cheia de cicatrizes e não se importa a quem dá olhares tortos. E cai, e pula, e tenta voar e cai denovo. Quantas vezes for preciso; Quanto mais machucados, mais cicatrizes, mais marcas da grande luta. Sua filosofia um tanto confusa sangra e grita pedindo para ser desvendada. Como uma caixa cheia de mistérios, cartas velhas, lembranças e pensamentos obscuros. Esse é ele. Vai e volta, um boomerang inconstante, impossível, intrigante, intríseco e interessante de coisas que ao olhar comum parecem besteira. 

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