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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vivenciado a Dois.

Nada nem ninguém me faz esquecer o que foi vivido a dois. Dores marcadas na memória do tempo em que andávamos de mãos dadas. Demos prazer a quem nos machucava, como em uma simbiose, vivemos. Você e eu, criamos os piores fardos e os melhores problemas. Agimos como veneno e solução, retalhamos todos os contos de fada. Acreditamos em verdades mentirosas e desacreditamos e mentiras verdadeiras. Nos olhos, a preocupação, na boca o sorriso e no toque o prazer. Devoramos um ao outro. Amamos a ideia de namorar, odiei a ideia de amar. Sufoquei sua alma, destruí sua família e matei seu coração. Acelerou meu tempo, atrasou minha mente, culpou minha alma e inocentou meus pecados. Trocamos os nomes, mudamos de sexo, esquecemos de quem éramos. Passamos por uma metamorfose, cultuamos o natural. Pagamos para ver e recebemos para ficarmos cegos. Te mato, tu me matas, te devoro, tu me devoras, te "trépo", tu me "trépas". A boca secou, o cérebro ficou sem respirar e o coração acelerou. As lágrimas caíram como tiros em meu colo, a dor se acabou. As marcas em meu corpo, sobem a minha mente. A esperança de uma novo amor, desce em seu coração. Enfim, um fim. Tudo se acabou. Mas nada nem ninguém me faz esquecer o que foi vivido a dois.


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