Eu aqui de devaneio, largada no sofá, deixando o vácuo passear de um ouvido para o outro. Olhos perdidos no teto, braços soltos acima da cabeça e a brasa do cigarro quase a queimar-me os dedos. Ao longe, somente alguns cães latindo e os barulhos de carros em uma avenida qualquer. A fumaça - não sei se do café, do cigarro, ou da minha alma evaporando - embaçava a minha vista, mas não fazia diferença alguma. O teto sempre é um teto, apesar da fumaça a ofuscá-lo, ele continuará sendo um teto. Sou incapaz de sentir algo e isso não me surpreende mais.
meias verdades
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