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segunda-feira, 13 de junho de 2011

PoR DiOLa

Moro em uma porra de uma cidade grande e vivo sufocada por gente. Rostos familiares e desconhecidos, simpáticos ou nem tanto assim. Rostos esses macios e joviais, flácidos e bem vividos que não me entregam nenhuma parte do que procuro. (O que eu procuro?) Essa caótica confusão arranca de mim o meu medo, manipula-o e faz dele um imenso buraco nego, que me puxa para dentro de minha própria apatia. Eu quero mesmo é gritar para ver se surpreendentemente você me escuta, eu quero te contar o que realmente me importa para ver se te importa também. Eu quero apagar todas essas faces perturbadoras e fazê-las se tornarem zumbis desfigurados.  (Blur, blur, blur) Eu quero ver o seu rosto; Somente o seu. 
Ter o privilégio de me enxergar nos reflexos dos seus olhos como se fosse a última coisa que eu precisasse no momento. 

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