Foi um domingo de Outono, um simples domingo.
A chaleira apitou, é um simples som,
Mas esse dia me faz lembrar, de como era gostoso o aconchego, como quando você me fazia dormir enrolando meus cachos, então você me cobria para o mal não me pegar.
Nós fazíamos da grama nossa pista de dança, mamãe nos esperava na porta com um café na mão. Até hoje não entendo como você conseguia saber que iria chover, e eu me sentia seguro perto de você, me sentia como a pessoa mas forte do mundo, você me fazia voar no ritmo da canção de ninar, mas tudo se foi.
...
É um domingo de Outono, um simples domingo.
A tarde já cobre o dia, e o frio vem,
Mas eu gosto da tarde, por que é quando o Sol se curva pra Lua. Depois vem a estrelas trazendo esperança para os apaixonados. Então anoitece, o frio toca meus dedos dos pés, a névoa não me deixa enxergar, eu corro pra dentro da cabana e ouço o corredor uivar, me assusto. Piso em falso, a terra me abraça e o céu escuro se abre pra mim, então ,eu me lembro que o dia de domingo é um sonho que sempre vivi. Observo seu quarto arrumado, mamãe esta imóvel, as paredes parecem chorar e o barulho do corredor me assusta:
HHHUUUUUUUUOOOOOOOOOO
O vento realmente só me trouxe a noite acompanhada de tristezas, fui obrigado a assistir o Sol se por.
O mau chama meu nome, e você não esta lá pra me ajudar, e eu te procuro na escuridão da floresta, onde um dia foi meu jardim. Me sinto alucinado, a música é tocada altamente, estou desorientado, e assisto a cabana vazia se apodrecer, me sinto mal. Porque estou sozinho?
Mas o dia vem.....
A casa sempre estara lá, bem como os eternos "pores do sol", o que na verdade não havera mais, sera o medo da solidão. Pois agora, se olhares bem de frente, veras uma silhueta um tanto turva, mas que vem se desembaçando amedida que você a conhece. Talvez uma migo, talvez um amor, talvez os dois. Basta não olhar pras paredes, elas estão impregnadas de lembranças. Olha pra fora e percebe que chego.
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