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terça-feira, 16 de julho de 2013

Nada nem ninguém


Nada nem ninguém quer falar sobre o tempo de vida.
Tempo que somos obrigados a viver uma liberdade
que nos manda encurtar nossas vidas.
Ninguém quer falar sobre isso.
Ninguém quer medir sua existência.
Quem me dera saber o fim da minha linha,
saberia aproveitar bem mais a vida.
Seria bem mais inconsequente, 
se já soubesse a hora do meu trem.







Minha vida curta e única, se paralisa em frames de filmes que mais ninguém lembra. Porque nada nem ninguém se esquece com intenção de lembrar. Por exemplo, há coisas que ninguém quer falar, coisas que ninguém quer ouvir. Que doem em dizer, que alegram ao ouvir. Tanta vida resumida em curtas coisas.




Vida cega, turbulenta, cheia de aspas abertas e virgulas que nunca se encerraram por devaneios infelizes, que nunca salvaram alguém. 
Estamos afundados em domingos vazios, olhando para a xícara de café vazia, vendo em si, sua existência refletida.

A vida é mais do que o sentimento existencialista.
Me deixe acreditar que vou viver mais, que farei coisas importantes na minha geração.
Me deixe dizer o que ninguém quer falar e ouvir o que querem dizer.
Porque só assim e minha vida vou viver...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tanta coisa Gabriele DIOLA


Seu pé passou por meu caminho, sempretentando me derrubar. O que você não sabe é que sou mais que uma moldura, mais que santa, mais do que merece.
No fim tudo, sempre dá certo. Suas palavras de cegueiras, que de fato, sempre me guiaram pela claridão, me atingiram pela ultima vez e nunca mais vou retornar a esse ponto. Ponto de esquecer, ponto de perdoar.
Vou me despedir de toda ilusão gerada por você e amamentada por mim.
Quero dizer tantas coisas...
Quero te dizer o quanto você me fazia feliz.
Quero te mostrar, em meus olhos, como era ser sua mulher.
Vou adocicar minha voz para citar nossas lembranças.
Vou verbalizar o que não se põe em palavras.
Vou falar tanto, que por fim, nada que uma cusparada, por todos  esses momentos mais cínicos e metáforos, sare minha angústia.
Não é o que sinto, é o que senti.
Agora chega! Tira essa sua bunda daqui!


Vou dizer pra você o quanto você me fazia feliz. Vou te contar olhando nos teus olhos como era ser sua mulher. Vou te falar com a voz mais doce do mundo toda as lembranças que tenho de nós dois. Vou discorrer sobre os nossos desencontros e acasos. Vou verbalizar o que não se põe em palavras. Vou tanto dizer, vou tanto falar que, por fim, nada direi.